O movimento nas proximidades do Estádio Rungrado May Day – o maior do mundo, com capacidade de 150 mil pessoas –, na capital Pyongyang, já dá a ideia de que estamos prestes a presenciar algo grandioso. A população que adentra o recinto não consegue esconder os sorrisos e a animação e é quase impossível não se contagiar também. Pudera, espera-se o ano inteiro para vivenciar este momento. Ao apagar das luzes, tem início a festa: projeções, raios laser, cores, sons, coreografias, malabarismos, um espetáculo digno de ovação. E ovação é o que mais se escuta ali durante os 90minutos. Afinal, trata-se de um evento idealizado para celebrar o ufanismo e reverenciar seus líderes por tudo o que fazem pela Coreia do Norte. Além desta exibição, tudo ali parece ser pensado para apresentar as benesses do regime comunista ditatorial que, há três gerações (desde o fim da 2ª Guerra Mundial), toma conta do país. No entanto, após a extinção da antiga União Soviética, a Coreia do Norte vem experimentando um declínio econômico e, na mesma medida, tornado-se uma das nações mais fechadas do mundo. Apesar disso – ou, talvez, exatamente, por isso – possui um quê de mistério que atrai…