Neste segundo post sobre as principais cidades do Irã, nós, da Raidho, levaremos você a cidades encantadoras. Fique com a gente e descubra as belezas de Yazd, Isfahan e a capital, Teerã.
Yazd
Localizada no centro do país, em um oásis que marca o encontro dos desertos de Dasht-e Kavir e Dasht-e Lut, Yazd é a capital da província de mesmo nome. A cidade mais antiga do país, com mais de 3 mil anos de existência, foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, em 2017 e é berço do zoroastrismo.
Esta foi a religião predominante no Império Persa até a invasão dos árabes, que obrigaram os iranianos a se converterem ao islamismo. Mas, atualmente, ainda é professada por uma minoria. Entre seus pilares estão o dualismo do bem contra o mal, conceito que serviu de inspiração para o judaísmo, o cristianismo e islamismo.
Atualmente, Yazd é um dos principais centros têxteis do país. A qualidade de sua seda tendo já havia sido destacada por Marco Polo, já em 1272. Possui uma grande relevância arquitetônica e é uma das maiores cidades do mundo construída quase que inteiramente em adobe – mistura de argila, areia, água e outros componentes naturais, como plantas – que é utilizado na confecção de tijolos crus.
Conheça algumas das principais atrações que o visitante encontrará por lá:
- Old City: é o centro histórico, com ruelas estreitas. A maioria tem muros dos dois lados e outras são cobertas, para que os habitantes e turistas possam andar por ali mesmo com o sol do deserto.
- Mesquita Jameh: sua altura e o fato de ser tão colorida em meio a uma enormidade de edifícios beges por conta do adobe chama muito a atenção.
- Dakhmeh: antigo centro do zoroastrismo onde aconteciam cerimônias e funerais nas Torres do Silêncio. Uma dica é visitar o local à tarde para apreciar o espetáculo oferecido pelo sol se pondo.
- Templo do Fogo – Atash Behram: para os zoroastristas, água e fogo são duas formas de purificação. E neste local há uma chama que arde há 1,5 mil anos ininterruptamente.
No caminho entre Yazd e Isfahan há o vilarejo de Na’in, famoso por seus tapetes persas.
Isfahan
Considerada a cidade mais bonita do país e a terceira mais populosa, atrás apenas de Teerã e Mashhad. Foi capital do Irã entre 1598 a 1722 e, até os dias atuais, mantém muito de sua glória do passado. É considerada uma joia da arquitetura e arte islâmica, com seus monumentos finamente adornados, além de boulevards e pontes cobertas.
Sabe aquele romantismo que é evocado quando se pensa no Oriente Médio e nas histórias de “Mil e uma noites”? Pois então, está tudo presente ali.
- Si-o-se-Pol Bridge: conhecida como a “ponte dos 33 arcos”, é uma construção de pedras e tijolos erguida entre 1599 e 1602 sobre o rio Zayandeh. Sua arquitetura intrincada chama a atenção e, à noite, sua iluminação, que oferece uma perspectiva totalmente diferente durante a noite, deixando ainda mais charmosa.
- Jameh Mosque: conhecida como a Grande Mesquita de Isfahan, a Jameh Mosque é uma mais antigas do país que ainda estão de pé, construída por volta do ano 771. Segundo historiadores, antes de se tornar uma mesquita, o local era usado para o culto do zoroastrismo Praça Naqsh-e Jahan e arredores: a segunda maior praça do mundo é um lugar de beleza ímpar, ficando atrás apenas de Tiananmen, a Praça da Paz Celestial, em Pequim. Ali, são 160 metros de largura por 560 de comprimento, repleta de flores, chafarizes, espelhos d’água, gramados, arcadas persas e muitas lojas ao redor. Patrimônio Mundial da Unesco, foi construída no século XIV e é cercada de incríveis prédios da Safávida que incluem:
- Mesquita do Iman Sheikh Lotfollah: considerada uma maravilha da arquitetura persa, construída no século XVII.
- Mesquita Shah Abbas: onde foi comemorado, pela primeira vez o Nowruz, o Ano Novo iraniano. É um grande palácio originalmente concebido como um grande portal. Chama a atenção seus mosaicos de sete cores e as inscrições caligráficas.
- Palácio Ali Qapou: construído no início do século XVII por decreto de Shah Abbas I, o grande monarca. De cima do palácio, os visitantes contam com uma magnífica vista panorâmica de toda a Praça Naqsh-e Jahan.
Teerã – Terminando o passeio
Capital e maior cidade do país, Teerã apresenta o caos típico das metrópoles, inclusive no que se refere ao trânsito. Mas, a paisagem muda quando pensamos que ela abriga cerca de 800 (!!!) parques e montanhas, com topos nevados ao redor.
Passear por ali é aproveitar as possibilidades de visitar museus incríveis, monumentos históricos e religiosos majestosos, além de bazares com uma variedade impressionante de (charmosos) produtos locais. Confira pontos imperdíveis ali:
- Torre Milad: é um marco na cidade, com seus 435 metros de altura, sendo a maior torre do Irã e a sexta maior do mundo!
- Torre Azadi: símbolo da cidade construído na década de 1970 para celebrar os 2,5 mil anos do Império Persa. Ao seu redor aconteceram as manifestações que levaram à Revolução de 1979, responsável por mudar o curso do país.
- Grand Bazaar: ideal para comprar toda sorte de produtos locais, lembrancinhas de viagem e, claro, experimentar os deliciosos pratos da culinária local.
- Museu das Joias: localizado no porão do Banco Central do Irã, possui o que é considerada a melhor coleção de joias em exibição do mundo. Lá está o maior diamante do mundo, o Rose “Darya-i-Nur” (mar de luz), com 182 quilates.
- Ponte Tabiat: também conhecida como a Ponte da Natureza, é a maior passarela de pedestres do Irã, com 270 metros de extensão.
- Tochal: “terraço de Teerã” na tradução literal, é um local que oferece uma vista incrível da cidade, sobretudo à noite.
- Palácio Golestan: tombado pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade, desde 2013 é também chamado de Palácio das Rosas. Esta construção magnífica foi sede do governo da família Qajar, que chegou ao poder em 1779 e fez de Teerã a capital do país – antes era Isfahan.
Por suas cidades belas cidades e rica história, o Irã vem se tornando um destino cada vez mais procurado por turistas, incluindo os brasileiros. Ciente desta nova demanda, a equipe da Raidho especializou-se nas viagens para o país, sobretudo a sua diretora, Lucila Nedelciu, que acaba de retornar de lá.
Uma viagem por suas planícies, ruínas, mesquitas, museus e centros históricos, certamente, deixará saudades. Esta palavra, inclusive foi adotada pelos portugueses que estiveram por aquela região a partir de 1502 e deriva da expressão persa “sar dard” que significa, literalmente, “cabeça que dói”. Aventure-se pelo Irã!
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