Coreia do Norte: um passeio por um dos países mais fechados do mundo

O movimento nas proximidades do Estádio Rungrado May Day – o maior do mundo, com capacidade de 150 mil pessoas –, na capital Pyongyang, já dá a ideia de que estamos prestes a presenciar algo grandioso. A população que adentra o recinto não consegue esconder os sorrisos e a animação e é quase impossível não se contagiar também. Pudera, espera-se o ano inteiro para vivenciar este momento. Ao apagar das luzes, tem início a festa: projeções, raios laser, cores, sons, coreografias, malabarismos, um espetáculo digno de ovação. E ovação é o que mais se escuta ali durante os 90minutos. Afinal, trata-se de um evento idealizado para celebrar o ufanismo e reverenciar seus líderes por tudo o que fazem pela Coreia do Norte.

Coreia do Norte: um passeio por um dos países mais fechados do mundo

 

Além desta exibição, tudo ali parece ser pensado para apresentar as benesses do regime comunista ditatorial que, há três gerações (desde o fim da 2ª Guerra Mundial), toma conta do país. No entanto, após a extinção da antiga União Soviética, a Coreia do Norte vem experimentando um declínio econômico e, na mesma medida, tornado-se uma das nações mais fechadas do mundo. Apesar disso – ou, talvez, exatamente, por isso – possui um quê de mistério que atrai turistas dispostos a desvendar o que se esconde por ali.

Mas, antes de começar a pensar em visitar o país é muito importante ter claro que não é possível desbravá-lo livremente, indo a qualquer lugar que se deseje. Sozinhos ou em grupo, os visitantes não podem andar desacompanhados. E são dois guias à disposição: um designado pela agência contratada e, outro, pelo governo. A boa notícia é que, apesar de parecer impossível entrar neste território, há agências especializadas em realizar todos os trâmites para a visita.

Outro ponto é que o itinerário necessita ser previamente aprovado e tanto as atrações que podem ser visitadas quanto os hotéis onde se hospedar (todos de categoria superior) não são escolhidos pelo viajante, mas pelas autoridades. A rotina de passeios costuma incluir estátuas, monumentos, espetáculos, museus, fábricas e até fazendas, na capital e outras cidades. Tudo isso visa transmitir a quem está de fora a impressão de que o “país funciona” ao contrário do que divulga a mídia mundial.

Invariavelmente, o passeio começa pela capital, Pyongyang, e entre as atrações “obrigatórias” na cidade são:

  • Grande Casa de Estudos do Povo: a Biblioteca Nacional da Coreia do Norte. A instituição possui mais de 30 milhões de livros, salas de estudos, computadores com acesso a sites apenas autorizados pelo governo, entre outros serviços. O local ainda oferece cursos de inglês, chinês, russo e alemão, todos gratuitos.

 

  • Praça Kim Il-sung: cheia de símbolos que exaltam a pátria e seu regime comunista, é um espaço em que os locais vão caminhar, conversar e andar de patins.

 

  • Grande Monumento da Colina MansuAlém desta exibição, tudo ali parece ser pensado para apresentar as benesses do regime comunista ditatorial que, há três gerações (desde o fim da 2ª Guerra Mundial), toma conta do país. No entanto, após a extinção da antiga União Soviética, a Coreia do Norte vem experimentando um declínio econômico e, na mesma medida, tornado-se uma das nações mais fechadas do mundo. Apesar disso – ou, talvez, exatamente, por isso – possui um quê de mistério que atrai turistas dispostos a desvendar o que se esconde por ali. Mas, antes de começar a pensar em visitar o país é muito importante ter claro que não é possível desbravá-lo livremente, indo a qualquer lugar que se deseje. Sozinhos ou em grupo, os visitantes não podem andar desacompanhados. E são dois guias à disposição: um designado pela agência contratada e, outro, pelo governo. A boa notícia é que, apesar de parecer impossível entrar neste território, há agências especializadas em realizar todos os trâmites para a visita. Outro ponto é que o itinerário necessita ser previamente aprovado e tanto as atrações que podem ser visitadas quanto os hotéis onde se hospedar (todos de categoria superior) não são escolhidos pelo viajante, mas pelas autoridades. A rotina de passeios costuma incluir estátuas, monumentos, espetáculos, museus, fábricas e até fazendas, na capital e outras cidades. Tudo isso visa transmitir a quem está de fora a impressão de que o “país funciona” ao contrário do que divulga a mídia mundial. Invariavelmente, o passeio começa pela capital, Pyongyang, e entre as atrações “obrigatórias” na cidade são: Grande Casa de Estudos do Povo: a Biblioteca Nacional da Coreia do Norte. A instituição possui mais de 30 milhões de livros, salas de estudos, computadores com acesso a sites apenas autorizados pelo governo, entre outros serviços. O local ainda oferece cursos de inglês, chinês, russo e alemão, todos gratuitos. Praça Kim Il-sung: cheia de símbolos que exaltam a pátria e seu regime comunista, é um espaço em que os locais vão caminhar, conversar e andar de patins. Grande Monumento da Colina Mansu Imagem: https://drive.google.com/open?id=17f83FXY1nG9eXlRuzq3i821imr8iCxf- local onde há duas gigantescas estátuas de bronze de Kim Il-sung, primeiro líder da Coreia do Norte, e de seu filho Kim Jon-il, segundo líder e pai do atual governante norte-coreano. Em sinal de respeito, é fundamental reverenciar as estátuas e depositar flores. Sistema de Metrô Imagem: https://drive.google.com/open?id=1EK04Hhutts7kLsghmjub3X_-poqtAhL9 Um dos mais profundos do mundo, com média de 110 metros de profundidade é também um dos mais baratos, com a passagem custando menos de um centavo de real. Ali, há estações e plataformas adornadas com obras de arte, como pinturas, esculturas e belíssimos lustres. Torre Juche Imagem: https://drive.google.com/open?id=1wvsUo3h9bYz6sMaGZVIiuqbYN7lW6Cky É o maior monumento da Coreia do Norte, com 170 metros de altura. Um elevador nos leva até a chama no topo da torre, de onde se pode observar toda a capital. Na base da torre, às margens do rio Taedong, monumento representando estátuas de bronze de um operário, uma camponesa e um estudante, símbolos das massas que fizeram a revolução no país. Museu da Vitoriosa Guerra da Libertação da Pátria: é o mais importante e imponente dos museus da Coreia do Norte, que apresenta tanques de guerra, materiais de artilharia e navios norte-americanos abatidos durante a Guerra da Coreia, como o USS Pueblo, navio de espionagem dos Estados Unidos abatido em 1968. Ali, o uso tecnológico é surpreendente, sobretudo na porção superior, onde há uma sala circular, com bancos no centro. Nas paredes, acontece uma projeção de imagens da guerra coreana, com pinturas, sons e luzes, enquanto o centro da sala começa a girar, oferecendo uma visão de 360 graus, em um espetáculo de tirar o fôlego. Mass Games – um capítulo à parte Imagem: https://drive.google.com/open?id=1qTIezwCNYJm8c92vGaX3LWblb-ePRdN4 No início do texto, demos um pequeno panorama de uma das maiores festividades da Coreia do Norte. Entre os meses de agosto e setembro acontece, anualmente, o Festival das Grandes Massas e Performances Artísticas ou apenas “Mass Games”. A festividade é inspirada no Ariang, uma canção folclórica muito popular no país – sobre a lenda de um casal separado por um ser maligno. Ela é considerada, informalmente, o hino nacional norte-coreano. A primeira edição aconteceu em 1946, quando a Coreia do Norte estava sob o comando de Kim Il-sung. De lá para cá, a cada ano, o festival ganha inovações, mas os pontos comuns são a música, a dança muito bem sincronizada e os grandes mosaicos. O evento inclusive, já entrou para o Guiness, em 2002, quando se comemoram os 90 anos de Kim Il-sung. Tudo é feito com o objetivo de valorizar o país, seus líderes, o Partido e as Forças Armadas. Por isso até que o governo faz questão de que os turistas assistam ao espetáculo. A entrada, inclusive, é feita por um portão VIP, junto com autoridades e convidados importantes. Como entrar na Coreia do Norte? Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-quadrado-de-kim-il-sung-gm1150068704-311206153 O Brasil é um dos únicos países a manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte e a embaixada fica em Brasília. Mas, para obter o visto, mais rápida e facilmente, deve-se contratar agências europeias ou chinesas que possuem ampla expertise no assunto. Há duas principais rotas de entrada: Via China, o mais comum: voando de Pequim ou Xangai pela estatal Air Koryo. Além disso, também é possível partir de Pequim via trem. Neste caso, a viagem dura 24 horas e o visto é concedido em um papel à parte, que é recolhido no momento da saída do país. Via Rússia, por Vladivostok, voando pela estatal Air Koryo em um voo que dura 1h30. Ao contrário do visto à parte, o turista sai da embaixada da Coreia com a autorização de entrada colada no passaporte. Após passar pela imigração, o turista é recepcionado pelos dois guias. Ou seja: não se sai do aeroporto desacompanhado. Mas, a boa notícia é que os coreanos costumam ser muito simpáticos e receptivos, ainda que apenas uma pequena parte da população fale inglês. Dicas e informações fundamentais Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-museu-da-vit%C3%B3ria-gm1166456632-321335893 É proibido levar: câmera com GPS, telefone por satélite, rádios, impressos que falem do país e aí estão incluídos panfletos de agências e guias de viagem; livros religiosos, como a Bíblia ou Alcorão; qualquer impresso em coreano, a bandeiras norte-americana ou sul-coreana, incluindo aí símbolos. Impressos em roupas, bottons ou qualquer outro objeto que remeta a estes países. Eletrônicos estão liberados: computadores, tablets, câmeras digitais, iPods, entre outros eletrônicos, mas serão minuciosamente examinados para que não contenham qualquer tipo de propaganda contra o regime ou outras informações que as autoridades julguem ser indesejadas e ofensivas. Nestes casos, o turista pode ser preso. Fotos e vídeos: não se pode ter uma câmera com zoom potente e há locais em que fotos e vídeos são proibidos, como o Mausoléu e o Museu da Guerra. Também não se deve tirar fotos dos militares, prédios do partido ou em construção. Internet: costuma ser liberada a estrangeiros, mas o valor é muito alto. Há hotéis em que é possível enviar e-mails, mas não recebê-los. O acesso a sites é limitado pelo governo. Mas, dá para fazer ligações para o Brasil. Dinheiro: esqueça os cartões de crédito ou pré-pagos. Ali, só é aceito dinheiro em espécie e não se pode fazer saques. Os comerciantes aceitam dólar, euro e yuan, mas devem estar bem trocados pois é comum que não se tenha troco. Também esqueça cédulas amassadas, rasgadas ou manchadas. A moeda vigente é o won, mas é vedada ao uso por estrangeiros. No entanto, entre os passeios podem estar incluídos visitas a shoppings e supermercados e, somente nestes locais, é possível usar a moeda. Presentes e gorjetas para os guias são bem-vindos e considerados sinais de cortesia e gratidão. Entre os presentes mais comuns podem estar cigarros ocidentais ou japoneses, café solúvel, chocolates e cosméticos. Já no hotel e em restaurantes, não é comum dar gorjetas, mas se você deseja arrancar um sorriso de quem está lhe servindo, esta é uma boa dica. Assuntos proibidos: em hipótese alguma critique o país, o governo ou faça comparações com o Brasil ou qualquer outra nação. Evite o proselitismo religioso e não tente convencer o outro com suas ideias. Além de grosseiro é um crime sujeito à prisão. Reverencie os líderes sempre que orientado pelos guias. Nos memoriais, não deixe de reverenciar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il. Restrições de entrada: jornalistas devem ter um visto especial. Além disso, funcionários de empresas de mídia, blogueiros e influenciadores digitais devem consultar a agência de turismo sobre a necessidade de vistos diferenciados. Americanos e malaios são proibidos por seus próprios países de viajarem para lá. Também é vedada a entrada de sul-coreanos. Quando ir: é possível visitar o país o ano todo, mas em julho, no verão, além da chuva, a temperatura atinge facilmente 40 graus. Já no inverno, em dezembro e janeiro, as temperaturas chegam a 20 negativos. Quanto tempo ficar: o ideal é ficar no país por pelo menos cinco dias, porém caso o turista tenha mais tempo, pode visitar cidades do interior e também a fronteira com a Coréia do Sul. O que comer: entre as comidas típicas do país estão o naengmyeon, um macarrão no estilo lámen, servido frio com caldo de legumes; kimchi, vegetais fermentados em conserva; e peixe seco. Entre as bebidas estão refrigerante de pêra, soju e vinho de arroz com teor alcoólico de 25 GL. Mas, uma das bebidas favoritas, que vai muito bem como peixe seco e batata frita, é a cerveja, especialmente as da estatal Taedonggang. Apesar de todas as restrições impostas aos turistas, o país é considerado muito seguro. A curiosidade em conhecer um lugar tão diferente e fechado pode ser um incentivo a mais para estar ali. Prepare-se para uma verdadeira experiência antropológica, já que os norte-coreanos são realmente isolados do resto do mundo.

 

local onde há duas gigantescas estátuas de bronze de Kim Il-sung, primeiro líder da Coreia do Norte, e de seu filho Kim Jon-il, segundo líder e pai do atual governante norte-coreano. Em sinal de respeito, é fundamental reverenciar as estátuas e depositar flores.

  • Sistema de Metrô

Além desta exibição, tudo ali parece ser pensado para apresentar as benesses do regime comunista ditatorial que, há três gerações (desde o fim da 2ª Guerra Mundial), toma conta do país. No entanto, após a extinção da antiga União Soviética, a Coreia do Norte vem experimentando um declínio econômico e, na mesma medida, tornado-se uma das nações mais fechadas do mundo. Apesar disso – ou, talvez, exatamente, por isso – possui um quê de mistério que atrai turistas dispostos a desvendar o que se esconde por ali. Mas, antes de começar a pensar em visitar o país é muito importante ter claro que não é possível desbravá-lo livremente, indo a qualquer lugar que se deseje. Sozinhos ou em grupo, os visitantes não podem andar desacompanhados. E são dois guias à disposição: um designado pela agência contratada e, outro, pelo governo. A boa notícia é que, apesar de parecer impossível entrar neste território, há agências especializadas em realizar todos os trâmites para a visita. Outro ponto é que o itinerário necessita ser previamente aprovado e tanto as atrações que podem ser visitadas quanto os hotéis onde se hospedar (todos de categoria superior) não são escolhidos pelo viajante, mas pelas autoridades. A rotina de passeios costuma incluir estátuas, monumentos, espetáculos, museus, fábricas e até fazendas, na capital e outras cidades. Tudo isso visa transmitir a quem está de fora a impressão de que o “país funciona” ao contrário do que divulga a mídia mundial. Invariavelmente, o passeio começa pela capital, Pyongyang, e entre as atrações “obrigatórias” na cidade são: Grande Casa de Estudos do Povo: a Biblioteca Nacional da Coreia do Norte. A instituição possui mais de 30 milhões de livros, salas de estudos, computadores com acesso a sites apenas autorizados pelo governo, entre outros serviços. O local ainda oferece cursos de inglês, chinês, russo e alemão, todos gratuitos. Praça Kim Il-sung: cheia de símbolos que exaltam a pátria e seu regime comunista, é um espaço em que os locais vão caminhar, conversar e andar de patins. Grande Monumento da Colina Mansu Imagem: https://drive.google.com/open?id=17f83FXY1nG9eXlRuzq3i821imr8iCxf- local onde há duas gigantescas estátuas de bronze de Kim Il-sung, primeiro líder da Coreia do Norte, e de seu filho Kim Jon-il, segundo líder e pai do atual governante norte-coreano. Em sinal de respeito, é fundamental reverenciar as estátuas e depositar flores. Sistema de Metrô Imagem: https://drive.google.com/open?id=1EK04Hhutts7kLsghmjub3X_-poqtAhL9 Um dos mais profundos do mundo, com média de 110 metros de profundidade é também um dos mais baratos, com a passagem custando menos de um centavo de real. Ali, há estações e plataformas adornadas com obras de arte, como pinturas, esculturas e belíssimos lustres. Torre Juche Imagem: https://drive.google.com/open?id=1wvsUo3h9bYz6sMaGZVIiuqbYN7lW6Cky É o maior monumento da Coreia do Norte, com 170 metros de altura. Um elevador nos leva até a chama no topo da torre, de onde se pode observar toda a capital. Na base da torre, às margens do rio Taedong, monumento representando estátuas de bronze de um operário, uma camponesa e um estudante, símbolos das massas que fizeram a revolução no país. Museu da Vitoriosa Guerra da Libertação da Pátria: é o mais importante e imponente dos museus da Coreia do Norte, que apresenta tanques de guerra, materiais de artilharia e navios norte-americanos abatidos durante a Guerra da Coreia, como o USS Pueblo, navio de espionagem dos Estados Unidos abatido em 1968. Ali, o uso tecnológico é surpreendente, sobretudo na porção superior, onde há uma sala circular, com bancos no centro. Nas paredes, acontece uma projeção de imagens da guerra coreana, com pinturas, sons e luzes, enquanto o centro da sala começa a girar, oferecendo uma visão de 360 graus, em um espetáculo de tirar o fôlego. Mass Games – um capítulo à parte Imagem: https://drive.google.com/open?id=1qTIezwCNYJm8c92vGaX3LWblb-ePRdN4 No início do texto, demos um pequeno panorama de uma das maiores festividades da Coreia do Norte. Entre os meses de agosto e setembro acontece, anualmente, o Festival das Grandes Massas e Performances Artísticas ou apenas “Mass Games”. A festividade é inspirada no Ariang, uma canção folclórica muito popular no país – sobre a lenda de um casal separado por um ser maligno. Ela é considerada, informalmente, o hino nacional norte-coreano. A primeira edição aconteceu em 1946, quando a Coreia do Norte estava sob o comando de Kim Il-sung. De lá para cá, a cada ano, o festival ganha inovações, mas os pontos comuns são a música, a dança muito bem sincronizada e os grandes mosaicos. O evento inclusive, já entrou para o Guiness, em 2002, quando se comemoram os 90 anos de Kim Il-sung. Tudo é feito com o objetivo de valorizar o país, seus líderes, o Partido e as Forças Armadas. Por isso até que o governo faz questão de que os turistas assistam ao espetáculo. A entrada, inclusive, é feita por um portão VIP, junto com autoridades e convidados importantes. Como entrar na Coreia do Norte? Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-quadrado-de-kim-il-sung-gm1150068704-311206153 O Brasil é um dos únicos países a manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte e a embaixada fica em Brasília. Mas, para obter o visto, mais rápida e facilmente, deve-se contratar agências europeias ou chinesas que possuem ampla expertise no assunto. Há duas principais rotas de entrada: Via China, o mais comum: voando de Pequim ou Xangai pela estatal Air Koryo. Além disso, também é possível partir de Pequim via trem. Neste caso, a viagem dura 24 horas e o visto é concedido em um papel à parte, que é recolhido no momento da saída do país. Via Rússia, por Vladivostok, voando pela estatal Air Koryo em um voo que dura 1h30. Ao contrário do visto à parte, o turista sai da embaixada da Coreia com a autorização de entrada colada no passaporte. Após passar pela imigração, o turista é recepcionado pelos dois guias. Ou seja: não se sai do aeroporto desacompanhado. Mas, a boa notícia é que os coreanos costumam ser muito simpáticos e receptivos, ainda que apenas uma pequena parte da população fale inglês. Dicas e informações fundamentais Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-museu-da-vit%C3%B3ria-gm1166456632-321335893 É proibido levar: câmera com GPS, telefone por satélite, rádios, impressos que falem do país e aí estão incluídos panfletos de agências e guias de viagem; livros religiosos, como a Bíblia ou Alcorão; qualquer impresso em coreano, a bandeiras norte-americana ou sul-coreana, incluindo aí símbolos. Impressos em roupas, bottons ou qualquer outro objeto que remeta a estes países. Eletrônicos estão liberados: computadores, tablets, câmeras digitais, iPods, entre outros eletrônicos, mas serão minuciosamente examinados para que não contenham qualquer tipo de propaganda contra o regime ou outras informações que as autoridades julguem ser indesejadas e ofensivas. Nestes casos, o turista pode ser preso. Fotos e vídeos: não se pode ter uma câmera com zoom potente e há locais em que fotos e vídeos são proibidos, como o Mausoléu e o Museu da Guerra. Também não se deve tirar fotos dos militares, prédios do partido ou em construção. Internet: costuma ser liberada a estrangeiros, mas o valor é muito alto. Há hotéis em que é possível enviar e-mails, mas não recebê-los. O acesso a sites é limitado pelo governo. Mas, dá para fazer ligações para o Brasil. Dinheiro: esqueça os cartões de crédito ou pré-pagos. Ali, só é aceito dinheiro em espécie e não se pode fazer saques. Os comerciantes aceitam dólar, euro e yuan, mas devem estar bem trocados pois é comum que não se tenha troco. Também esqueça cédulas amassadas, rasgadas ou manchadas. A moeda vigente é o won, mas é vedada ao uso por estrangeiros. No entanto, entre os passeios podem estar incluídos visitas a shoppings e supermercados e, somente nestes locais, é possível usar a moeda. Presentes e gorjetas para os guias são bem-vindos e considerados sinais de cortesia e gratidão. Entre os presentes mais comuns podem estar cigarros ocidentais ou japoneses, café solúvel, chocolates e cosméticos. Já no hotel e em restaurantes, não é comum dar gorjetas, mas se você deseja arrancar um sorriso de quem está lhe servindo, esta é uma boa dica. Assuntos proibidos: em hipótese alguma critique o país, o governo ou faça comparações com o Brasil ou qualquer outra nação. Evite o proselitismo religioso e não tente convencer o outro com suas ideias. Além de grosseiro é um crime sujeito à prisão. Reverencie os líderes sempre que orientado pelos guias. Nos memoriais, não deixe de reverenciar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il. Restrições de entrada: jornalistas devem ter um visto especial. Além disso, funcionários de empresas de mídia, blogueiros e influenciadores digitais devem consultar a agência de turismo sobre a necessidade de vistos diferenciados. Americanos e malaios são proibidos por seus próprios países de viajarem para lá. Também é vedada a entrada de sul-coreanos. Quando ir: é possível visitar o país o ano todo, mas em julho, no verão, além da chuva, a temperatura atinge facilmente 40 graus. Já no inverno, em dezembro e janeiro, as temperaturas chegam a 20 negativos. Quanto tempo ficar: o ideal é ficar no país por pelo menos cinco dias, porém caso o turista tenha mais tempo, pode visitar cidades do interior e também a fronteira com a Coréia do Sul. O que comer: entre as comidas típicas do país estão o naengmyeon, um macarrão no estilo lámen, servido frio com caldo de legumes; kimchi, vegetais fermentados em conserva; e peixe seco. Entre as bebidas estão refrigerante de pêra, soju e vinho de arroz com teor alcoólico de 25 GL. Mas, uma das bebidas favoritas, que vai muito bem como peixe seco e batata frita, é a cerveja, especialmente as da estatal Taedonggang. Apesar de todas as restrições impostas aos turistas, o país é considerado muito seguro. A curiosidade em conhecer um lugar tão diferente e fechado pode ser um incentivo a mais para estar ali. Prepare-se para uma verdadeira experiência antropológica, já que os norte-coreanos são realmente isolados do resto do mundo.

Um dos mais profundos do mundo, com média de 110 metros de profundidade é também um dos mais baratos, com a passagem custando menos de um centavo de real. Ali, há estações e plataformas adornadas com obras de arte, como pinturas, esculturas e belíssimos lustres.

  • Torre Juche

Além desta exibição, tudo ali parece ser pensado para apresentar as benesses do regime comunista ditatorial que, há três gerações (desde o fim da 2ª Guerra Mundial), toma conta do país. No entanto, após a extinção da antiga União Soviética, a Coreia do Norte vem experimentando um declínio econômico e, na mesma medida, tornado-se uma das nações mais fechadas do mundo. Apesar disso – ou, talvez, exatamente, por isso – possui um quê de mistério que atrai turistas dispostos a desvendar o que se esconde por ali. Mas, antes de começar a pensar em visitar o país é muito importante ter claro que não é possível desbravá-lo livremente, indo a qualquer lugar que se deseje. Sozinhos ou em grupo, os visitantes não podem andar desacompanhados. E são dois guias à disposição: um designado pela agência contratada e, outro, pelo governo. A boa notícia é que, apesar de parecer impossível entrar neste território, há agências especializadas em realizar todos os trâmites para a visita. Outro ponto é que o itinerário necessita ser previamente aprovado e tanto as atrações que podem ser visitadas quanto os hotéis onde se hospedar (todos de categoria superior) não são escolhidos pelo viajante, mas pelas autoridades. A rotina de passeios costuma incluir estátuas, monumentos, espetáculos, museus, fábricas e até fazendas, na capital e outras cidades. Tudo isso visa transmitir a quem está de fora a impressão de que o “país funciona” ao contrário do que divulga a mídia mundial. Invariavelmente, o passeio começa pela capital, Pyongyang, e entre as atrações “obrigatórias” na cidade são: Grande Casa de Estudos do Povo: a Biblioteca Nacional da Coreia do Norte. A instituição possui mais de 30 milhões de livros, salas de estudos, computadores com acesso a sites apenas autorizados pelo governo, entre outros serviços. O local ainda oferece cursos de inglês, chinês, russo e alemão, todos gratuitos. Praça Kim Il-sung: cheia de símbolos que exaltam a pátria e seu regime comunista, é um espaço em que os locais vão caminhar, conversar e andar de patins. Grande Monumento da Colina Mansu Imagem: https://drive.google.com/open?id=17f83FXY1nG9eXlRuzq3i821imr8iCxf- local onde há duas gigantescas estátuas de bronze de Kim Il-sung, primeiro líder da Coreia do Norte, e de seu filho Kim Jon-il, segundo líder e pai do atual governante norte-coreano. Em sinal de respeito, é fundamental reverenciar as estátuas e depositar flores. Sistema de Metrô Imagem: https://drive.google.com/open?id=1EK04Hhutts7kLsghmjub3X_-poqtAhL9 Um dos mais profundos do mundo, com média de 110 metros de profundidade é também um dos mais baratos, com a passagem custando menos de um centavo de real. Ali, há estações e plataformas adornadas com obras de arte, como pinturas, esculturas e belíssimos lustres. Torre Juche Imagem: https://drive.google.com/open?id=1wvsUo3h9bYz6sMaGZVIiuqbYN7lW6Cky É o maior monumento da Coreia do Norte, com 170 metros de altura. Um elevador nos leva até a chama no topo da torre, de onde se pode observar toda a capital. Na base da torre, às margens do rio Taedong, monumento representando estátuas de bronze de um operário, uma camponesa e um estudante, símbolos das massas que fizeram a revolução no país. Museu da Vitoriosa Guerra da Libertação da Pátria: é o mais importante e imponente dos museus da Coreia do Norte, que apresenta tanques de guerra, materiais de artilharia e navios norte-americanos abatidos durante a Guerra da Coreia, como o USS Pueblo, navio de espionagem dos Estados Unidos abatido em 1968. Ali, o uso tecnológico é surpreendente, sobretudo na porção superior, onde há uma sala circular, com bancos no centro. Nas paredes, acontece uma projeção de imagens da guerra coreana, com pinturas, sons e luzes, enquanto o centro da sala começa a girar, oferecendo uma visão de 360 graus, em um espetáculo de tirar o fôlego. Mass Games – um capítulo à parte Imagem: https://drive.google.com/open?id=1qTIezwCNYJm8c92vGaX3LWblb-ePRdN4 No início do texto, demos um pequeno panorama de uma das maiores festividades da Coreia do Norte. Entre os meses de agosto e setembro acontece, anualmente, o Festival das Grandes Massas e Performances Artísticas ou apenas “Mass Games”. A festividade é inspirada no Ariang, uma canção folclórica muito popular no país – sobre a lenda de um casal separado por um ser maligno. Ela é considerada, informalmente, o hino nacional norte-coreano. A primeira edição aconteceu em 1946, quando a Coreia do Norte estava sob o comando de Kim Il-sung. De lá para cá, a cada ano, o festival ganha inovações, mas os pontos comuns são a música, a dança muito bem sincronizada e os grandes mosaicos. O evento inclusive, já entrou para o Guiness, em 2002, quando se comemoram os 90 anos de Kim Il-sung. Tudo é feito com o objetivo de valorizar o país, seus líderes, o Partido e as Forças Armadas. Por isso até que o governo faz questão de que os turistas assistam ao espetáculo. A entrada, inclusive, é feita por um portão VIP, junto com autoridades e convidados importantes. Como entrar na Coreia do Norte? Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-quadrado-de-kim-il-sung-gm1150068704-311206153 O Brasil é um dos únicos países a manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte e a embaixada fica em Brasília. Mas, para obter o visto, mais rápida e facilmente, deve-se contratar agências europeias ou chinesas que possuem ampla expertise no assunto. Há duas principais rotas de entrada: Via China, o mais comum: voando de Pequim ou Xangai pela estatal Air Koryo. Além disso, também é possível partir de Pequim via trem. Neste caso, a viagem dura 24 horas e o visto é concedido em um papel à parte, que é recolhido no momento da saída do país. Via Rússia, por Vladivostok, voando pela estatal Air Koryo em um voo que dura 1h30. Ao contrário do visto à parte, o turista sai da embaixada da Coreia com a autorização de entrada colada no passaporte. Após passar pela imigração, o turista é recepcionado pelos dois guias. Ou seja: não se sai do aeroporto desacompanhado. Mas, a boa notícia é que os coreanos costumam ser muito simpáticos e receptivos, ainda que apenas uma pequena parte da população fale inglês. Dicas e informações fundamentais Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-museu-da-vit%C3%B3ria-gm1166456632-321335893 É proibido levar: câmera com GPS, telefone por satélite, rádios, impressos que falem do país e aí estão incluídos panfletos de agências e guias de viagem; livros religiosos, como a Bíblia ou Alcorão; qualquer impresso em coreano, a bandeiras norte-americana ou sul-coreana, incluindo aí símbolos. Impressos em roupas, bottons ou qualquer outro objeto que remeta a estes países. Eletrônicos estão liberados: computadores, tablets, câmeras digitais, iPods, entre outros eletrônicos, mas serão minuciosamente examinados para que não contenham qualquer tipo de propaganda contra o regime ou outras informações que as autoridades julguem ser indesejadas e ofensivas. Nestes casos, o turista pode ser preso. Fotos e vídeos: não se pode ter uma câmera com zoom potente e há locais em que fotos e vídeos são proibidos, como o Mausoléu e o Museu da Guerra. Também não se deve tirar fotos dos militares, prédios do partido ou em construção. Internet: costuma ser liberada a estrangeiros, mas o valor é muito alto. Há hotéis em que é possível enviar e-mails, mas não recebê-los. O acesso a sites é limitado pelo governo. Mas, dá para fazer ligações para o Brasil. Dinheiro: esqueça os cartões de crédito ou pré-pagos. Ali, só é aceito dinheiro em espécie e não se pode fazer saques. Os comerciantes aceitam dólar, euro e yuan, mas devem estar bem trocados pois é comum que não se tenha troco. Também esqueça cédulas amassadas, rasgadas ou manchadas. A moeda vigente é o won, mas é vedada ao uso por estrangeiros. No entanto, entre os passeios podem estar incluídos visitas a shoppings e supermercados e, somente nestes locais, é possível usar a moeda. Presentes e gorjetas para os guias são bem-vindos e considerados sinais de cortesia e gratidão. Entre os presentes mais comuns podem estar cigarros ocidentais ou japoneses, café solúvel, chocolates e cosméticos. Já no hotel e em restaurantes, não é comum dar gorjetas, mas se você deseja arrancar um sorriso de quem está lhe servindo, esta é uma boa dica. Assuntos proibidos: em hipótese alguma critique o país, o governo ou faça comparações com o Brasil ou qualquer outra nação. Evite o proselitismo religioso e não tente convencer o outro com suas ideias. Além de grosseiro é um crime sujeito à prisão. Reverencie os líderes sempre que orientado pelos guias. Nos memoriais, não deixe de reverenciar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il. Restrições de entrada: jornalistas devem ter um visto especial. Além disso, funcionários de empresas de mídia, blogueiros e influenciadores digitais devem consultar a agência de turismo sobre a necessidade de vistos diferenciados. Americanos e malaios são proibidos por seus próprios países de viajarem para lá. Também é vedada a entrada de sul-coreanos. Quando ir: é possível visitar o país o ano todo, mas em julho, no verão, além da chuva, a temperatura atinge facilmente 40 graus. Já no inverno, em dezembro e janeiro, as temperaturas chegam a 20 negativos. Quanto tempo ficar: o ideal é ficar no país por pelo menos cinco dias, porém caso o turista tenha mais tempo, pode visitar cidades do interior e também a fronteira com a Coréia do Sul. O que comer: entre as comidas típicas do país estão o naengmyeon, um macarrão no estilo lámen, servido frio com caldo de legumes; kimchi, vegetais fermentados em conserva; e peixe seco. Entre as bebidas estão refrigerante de pêra, soju e vinho de arroz com teor alcoólico de 25 GL. Mas, uma das bebidas favoritas, que vai muito bem como peixe seco e batata frita, é a cerveja, especialmente as da estatal Taedonggang. Apesar de todas as restrições impostas aos turistas, o país é considerado muito seguro. A curiosidade em conhecer um lugar tão diferente e fechado pode ser um incentivo a mais para estar ali. Prepare-se para uma verdadeira experiência antropológica, já que os norte-coreanos são realmente isolados do resto do mundo.

É o maior monumento da Coreia do Norte, com 170 metros de altura. Um elevador nos leva até a chama no topo da torre, de onde se pode observar toda a capital. Na base da torre, às margens do rio Taedong, monumento representando estátuas de bronze de um operário, uma camponesa e um estudante, símbolos das massas que fizeram a revolução no país.

  • Museu da Vitoriosa Guerra da Libertação da Pátria: é o mais importante e imponente dos museus da Coreia do Norte, que apresenta tanques de guerra, materiais de artilharia e navios norte-americanos abatidos durante a Guerra da Coreia, como o USS Pueblo, navio de espionagem dos Estados Unidos abatido em 1968. Ali, o uso tecnológico é surpreendente, sobretudo na porção superior, onde há uma sala circular, com bancos no centro. Nas paredes, acontece uma projeção de imagens da guerra coreana, com pinturas, sons e luzes, enquanto o centro da sala começa a girar, oferecendo uma visão de 360 graus, em um espetáculo de tirar o fôlego.

Mass Games – um capítulo à parte

Além desta exibição, tudo ali parece ser pensado para apresentar as benesses do regime comunista ditatorial que, há três gerações (desde o fim da 2ª Guerra Mundial), toma conta do país. No entanto, após a extinção da antiga União Soviética, a Coreia do Norte vem experimentando um declínio econômico e, na mesma medida, tornado-se uma das nações mais fechadas do mundo. Apesar disso – ou, talvez, exatamente, por isso – possui um quê de mistério que atrai turistas dispostos a desvendar o que se esconde por ali. Mas, antes de começar a pensar em visitar o país é muito importante ter claro que não é possível desbravá-lo livremente, indo a qualquer lugar que se deseje. Sozinhos ou em grupo, os visitantes não podem andar desacompanhados. E são dois guias à disposição: um designado pela agência contratada e, outro, pelo governo. A boa notícia é que, apesar de parecer impossível entrar neste território, há agências especializadas em realizar todos os trâmites para a visita. Outro ponto é que o itinerário necessita ser previamente aprovado e tanto as atrações que podem ser visitadas quanto os hotéis onde se hospedar (todos de categoria superior) não são escolhidos pelo viajante, mas pelas autoridades. A rotina de passeios costuma incluir estátuas, monumentos, espetáculos, museus, fábricas e até fazendas, na capital e outras cidades. Tudo isso visa transmitir a quem está de fora a impressão de que o “país funciona” ao contrário do que divulga a mídia mundial. Invariavelmente, o passeio começa pela capital, Pyongyang, e entre as atrações “obrigatórias” na cidade são: Grande Casa de Estudos do Povo: a Biblioteca Nacional da Coreia do Norte. A instituição possui mais de 30 milhões de livros, salas de estudos, computadores com acesso a sites apenas autorizados pelo governo, entre outros serviços. O local ainda oferece cursos de inglês, chinês, russo e alemão, todos gratuitos. Praça Kim Il-sung: cheia de símbolos que exaltam a pátria e seu regime comunista, é um espaço em que os locais vão caminhar, conversar e andar de patins. Grande Monumento da Colina Mansu Imagem: https://drive.google.com/open?id=17f83FXY1nG9eXlRuzq3i821imr8iCxf- local onde há duas gigantescas estátuas de bronze de Kim Il-sung, primeiro líder da Coreia do Norte, e de seu filho Kim Jon-il, segundo líder e pai do atual governante norte-coreano. Em sinal de respeito, é fundamental reverenciar as estátuas e depositar flores. Sistema de Metrô Imagem: https://drive.google.com/open?id=1EK04Hhutts7kLsghmjub3X_-poqtAhL9 Um dos mais profundos do mundo, com média de 110 metros de profundidade é também um dos mais baratos, com a passagem custando menos de um centavo de real. Ali, há estações e plataformas adornadas com obras de arte, como pinturas, esculturas e belíssimos lustres. Torre Juche Imagem: https://drive.google.com/open?id=1wvsUo3h9bYz6sMaGZVIiuqbYN7lW6Cky É o maior monumento da Coreia do Norte, com 170 metros de altura. Um elevador nos leva até a chama no topo da torre, de onde se pode observar toda a capital. Na base da torre, às margens do rio Taedong, monumento representando estátuas de bronze de um operário, uma camponesa e um estudante, símbolos das massas que fizeram a revolução no país. Museu da Vitoriosa Guerra da Libertação da Pátria: é o mais importante e imponente dos museus da Coreia do Norte, que apresenta tanques de guerra, materiais de artilharia e navios norte-americanos abatidos durante a Guerra da Coreia, como o USS Pueblo, navio de espionagem dos Estados Unidos abatido em 1968. Ali, o uso tecnológico é surpreendente, sobretudo na porção superior, onde há uma sala circular, com bancos no centro. Nas paredes, acontece uma projeção de imagens da guerra coreana, com pinturas, sons e luzes, enquanto o centro da sala começa a girar, oferecendo uma visão de 360 graus, em um espetáculo de tirar o fôlego. Mass Games – um capítulo à parte Imagem: https://drive.google.com/open?id=1qTIezwCNYJm8c92vGaX3LWblb-ePRdN4 No início do texto, demos um pequeno panorama de uma das maiores festividades da Coreia do Norte. Entre os meses de agosto e setembro acontece, anualmente, o Festival das Grandes Massas e Performances Artísticas ou apenas “Mass Games”. A festividade é inspirada no Ariang, uma canção folclórica muito popular no país – sobre a lenda de um casal separado por um ser maligno. Ela é considerada, informalmente, o hino nacional norte-coreano. A primeira edição aconteceu em 1946, quando a Coreia do Norte estava sob o comando de Kim Il-sung. De lá para cá, a cada ano, o festival ganha inovações, mas os pontos comuns são a música, a dança muito bem sincronizada e os grandes mosaicos. O evento inclusive, já entrou para o Guiness, em 2002, quando se comemoram os 90 anos de Kim Il-sung. Tudo é feito com o objetivo de valorizar o país, seus líderes, o Partido e as Forças Armadas. Por isso até que o governo faz questão de que os turistas assistam ao espetáculo. A entrada, inclusive, é feita por um portão VIP, junto com autoridades e convidados importantes. Como entrar na Coreia do Norte? Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-quadrado-de-kim-il-sung-gm1150068704-311206153 O Brasil é um dos únicos países a manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte e a embaixada fica em Brasília. Mas, para obter o visto, mais rápida e facilmente, deve-se contratar agências europeias ou chinesas que possuem ampla expertise no assunto. Há duas principais rotas de entrada: Via China, o mais comum: voando de Pequim ou Xangai pela estatal Air Koryo. Além disso, também é possível partir de Pequim via trem. Neste caso, a viagem dura 24 horas e o visto é concedido em um papel à parte, que é recolhido no momento da saída do país. Via Rússia, por Vladivostok, voando pela estatal Air Koryo em um voo que dura 1h30. Ao contrário do visto à parte, o turista sai da embaixada da Coreia com a autorização de entrada colada no passaporte. Após passar pela imigração, o turista é recepcionado pelos dois guias. Ou seja: não se sai do aeroporto desacompanhado. Mas, a boa notícia é que os coreanos costumam ser muito simpáticos e receptivos, ainda que apenas uma pequena parte da população fale inglês. Dicas e informações fundamentais Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-museu-da-vit%C3%B3ria-gm1166456632-321335893 É proibido levar: câmera com GPS, telefone por satélite, rádios, impressos que falem do país e aí estão incluídos panfletos de agências e guias de viagem; livros religiosos, como a Bíblia ou Alcorão; qualquer impresso em coreano, a bandeiras norte-americana ou sul-coreana, incluindo aí símbolos. Impressos em roupas, bottons ou qualquer outro objeto que remeta a estes países. Eletrônicos estão liberados: computadores, tablets, câmeras digitais, iPods, entre outros eletrônicos, mas serão minuciosamente examinados para que não contenham qualquer tipo de propaganda contra o regime ou outras informações que as autoridades julguem ser indesejadas e ofensivas. Nestes casos, o turista pode ser preso. Fotos e vídeos: não se pode ter uma câmera com zoom potente e há locais em que fotos e vídeos são proibidos, como o Mausoléu e o Museu da Guerra. Também não se deve tirar fotos dos militares, prédios do partido ou em construção. Internet: costuma ser liberada a estrangeiros, mas o valor é muito alto. Há hotéis em que é possível enviar e-mails, mas não recebê-los. O acesso a sites é limitado pelo governo. Mas, dá para fazer ligações para o Brasil. Dinheiro: esqueça os cartões de crédito ou pré-pagos. Ali, só é aceito dinheiro em espécie e não se pode fazer saques. Os comerciantes aceitam dólar, euro e yuan, mas devem estar bem trocados pois é comum que não se tenha troco. Também esqueça cédulas amassadas, rasgadas ou manchadas. A moeda vigente é o won, mas é vedada ao uso por estrangeiros. No entanto, entre os passeios podem estar incluídos visitas a shoppings e supermercados e, somente nestes locais, é possível usar a moeda. Presentes e gorjetas para os guias são bem-vindos e considerados sinais de cortesia e gratidão. Entre os presentes mais comuns podem estar cigarros ocidentais ou japoneses, café solúvel, chocolates e cosméticos. Já no hotel e em restaurantes, não é comum dar gorjetas, mas se você deseja arrancar um sorriso de quem está lhe servindo, esta é uma boa dica. Assuntos proibidos: em hipótese alguma critique o país, o governo ou faça comparações com o Brasil ou qualquer outra nação. Evite o proselitismo religioso e não tente convencer o outro com suas ideias. Além de grosseiro é um crime sujeito à prisão. Reverencie os líderes sempre que orientado pelos guias. Nos memoriais, não deixe de reverenciar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il. Restrições de entrada: jornalistas devem ter um visto especial. Além disso, funcionários de empresas de mídia, blogueiros e influenciadores digitais devem consultar a agência de turismo sobre a necessidade de vistos diferenciados. Americanos e malaios são proibidos por seus próprios países de viajarem para lá. Também é vedada a entrada de sul-coreanos. Quando ir: é possível visitar o país o ano todo, mas em julho, no verão, além da chuva, a temperatura atinge facilmente 40 graus. Já no inverno, em dezembro e janeiro, as temperaturas chegam a 20 negativos. Quanto tempo ficar: o ideal é ficar no país por pelo menos cinco dias, porém caso o turista tenha mais tempo, pode visitar cidades do interior e também a fronteira com a Coréia do Sul. O que comer: entre as comidas típicas do país estão o naengmyeon, um macarrão no estilo lámen, servido frio com caldo de legumes; kimchi, vegetais fermentados em conserva; e peixe seco. Entre as bebidas estão refrigerante de pêra, soju e vinho de arroz com teor alcoólico de 25 GL. Mas, uma das bebidas favoritas, que vai muito bem como peixe seco e batata frita, é a cerveja, especialmente as da estatal Taedonggang. Apesar de todas as restrições impostas aos turistas, o país é considerado muito seguro. A curiosidade em conhecer um lugar tão diferente e fechado pode ser um incentivo a mais para estar ali. Prepare-se para uma verdadeira experiência antropológica, já que os norte-coreanos são realmente isolados do resto do mundo.

No início do texto, demos um pequeno panorama de uma das maiores festividades da Coreia do Norte. Entre os meses de agosto e setembro acontece, anualmente, o Festival das Grandes Massas e Performances Artísticas ou apenas “Mass Games”. A festividade é inspirada no Ariang, uma canção folclórica muito popular no país – sobre a lenda de um casal separado por um ser maligno. Ela é considerada, informalmente, o hino nacional norte-coreano.

A primeira edição aconteceu em 1946, quando a Coreia do Norte estava sob o comando de Kim Il-sung. De lá para cá, a cada ano, o festival ganha inovações, mas os pontos comuns são a música, a dança muito bem sincronizada e os grandes mosaicos. O evento inclusive, já entrou para o Guiness, em 2002, quando se comemoram os 90 anos de Kim Il-sung. Tudo é feito com o objetivo de valorizar o país, seus líderes, o Partido e as Forças Armadas. Por isso até que o governo faz questão de que os turistas assistam ao espetáculo. A entrada, inclusive, é feita por um portão VIP, junto com autoridades e convidados importantes.

Como entrar na Coreia do Norte?

Além desta exibição, tudo ali parece ser pensado para apresentar as benesses do regime comunista ditatorial que, há três gerações (desde o fim da 2ª Guerra Mundial), toma conta do país. No entanto, após a extinção da antiga União Soviética, a Coreia do Norte vem experimentando um declínio econômico e, na mesma medida, tornado-se uma das nações mais fechadas do mundo. Apesar disso – ou, talvez, exatamente, por isso – possui um quê de mistério que atrai turistas dispostos a desvendar o que se esconde por ali. Mas, antes de começar a pensar em visitar o país é muito importante ter claro que não é possível desbravá-lo livremente, indo a qualquer lugar que se deseje. Sozinhos ou em grupo, os visitantes não podem andar desacompanhados. E são dois guias à disposição: um designado pela agência contratada e, outro, pelo governo. A boa notícia é que, apesar de parecer impossível entrar neste território, há agências especializadas em realizar todos os trâmites para a visita. Outro ponto é que o itinerário necessita ser previamente aprovado e tanto as atrações que podem ser visitadas quanto os hotéis onde se hospedar (todos de categoria superior) não são escolhidos pelo viajante, mas pelas autoridades. A rotina de passeios costuma incluir estátuas, monumentos, espetáculos, museus, fábricas e até fazendas, na capital e outras cidades. Tudo isso visa transmitir a quem está de fora a impressão de que o “país funciona” ao contrário do que divulga a mídia mundial. Invariavelmente, o passeio começa pela capital, Pyongyang, e entre as atrações “obrigatórias” na cidade são: Grande Casa de Estudos do Povo: a Biblioteca Nacional da Coreia do Norte. A instituição possui mais de 30 milhões de livros, salas de estudos, computadores com acesso a sites apenas autorizados pelo governo, entre outros serviços. O local ainda oferece cursos de inglês, chinês, russo e alemão, todos gratuitos. Praça Kim Il-sung: cheia de símbolos que exaltam a pátria e seu regime comunista, é um espaço em que os locais vão caminhar, conversar e andar de patins. Grande Monumento da Colina Mansu Imagem: https://drive.google.com/open?id=17f83FXY1nG9eXlRuzq3i821imr8iCxf- local onde há duas gigantescas estátuas de bronze de Kim Il-sung, primeiro líder da Coreia do Norte, e de seu filho Kim Jon-il, segundo líder e pai do atual governante norte-coreano. Em sinal de respeito, é fundamental reverenciar as estátuas e depositar flores. Sistema de Metrô Imagem: https://drive.google.com/open?id=1EK04Hhutts7kLsghmjub3X_-poqtAhL9 Um dos mais profundos do mundo, com média de 110 metros de profundidade é também um dos mais baratos, com a passagem custando menos de um centavo de real. Ali, há estações e plataformas adornadas com obras de arte, como pinturas, esculturas e belíssimos lustres. Torre Juche Imagem: https://drive.google.com/open?id=1wvsUo3h9bYz6sMaGZVIiuqbYN7lW6Cky É o maior monumento da Coreia do Norte, com 170 metros de altura. Um elevador nos leva até a chama no topo da torre, de onde se pode observar toda a capital. Na base da torre, às margens do rio Taedong, monumento representando estátuas de bronze de um operário, uma camponesa e um estudante, símbolos das massas que fizeram a revolução no país. Museu da Vitoriosa Guerra da Libertação da Pátria: é o mais importante e imponente dos museus da Coreia do Norte, que apresenta tanques de guerra, materiais de artilharia e navios norte-americanos abatidos durante a Guerra da Coreia, como o USS Pueblo, navio de espionagem dos Estados Unidos abatido em 1968. Ali, o uso tecnológico é surpreendente, sobretudo na porção superior, onde há uma sala circular, com bancos no centro. Nas paredes, acontece uma projeção de imagens da guerra coreana, com pinturas, sons e luzes, enquanto o centro da sala começa a girar, oferecendo uma visão de 360 graus, em um espetáculo de tirar o fôlego. Mass Games – um capítulo à parte Imagem: https://drive.google.com/open?id=1qTIezwCNYJm8c92vGaX3LWblb-ePRdN4 No início do texto, demos um pequeno panorama de uma das maiores festividades da Coreia do Norte. Entre os meses de agosto e setembro acontece, anualmente, o Festival das Grandes Massas e Performances Artísticas ou apenas “Mass Games”. A festividade é inspirada no Ariang, uma canção folclórica muito popular no país – sobre a lenda de um casal separado por um ser maligno. Ela é considerada, informalmente, o hino nacional norte-coreano. A primeira edição aconteceu em 1946, quando a Coreia do Norte estava sob o comando de Kim Il-sung. De lá para cá, a cada ano, o festival ganha inovações, mas os pontos comuns são a música, a dança muito bem sincronizada e os grandes mosaicos. O evento inclusive, já entrou para o Guiness, em 2002, quando se comemoram os 90 anos de Kim Il-sung. Tudo é feito com o objetivo de valorizar o país, seus líderes, o Partido e as Forças Armadas. Por isso até que o governo faz questão de que os turistas assistam ao espetáculo. A entrada, inclusive, é feita por um portão VIP, junto com autoridades e convidados importantes. Como entrar na Coreia do Norte? Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-quadrado-de-kim-il-sung-gm1150068704-311206153 O Brasil é um dos únicos países a manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte e a embaixada fica em Brasília. Mas, para obter o visto, mais rápida e facilmente, deve-se contratar agências europeias ou chinesas que possuem ampla expertise no assunto. Há duas principais rotas de entrada: Via China, o mais comum: voando de Pequim ou Xangai pela estatal Air Koryo. Além disso, também é possível partir de Pequim via trem. Neste caso, a viagem dura 24 horas e o visto é concedido em um papel à parte, que é recolhido no momento da saída do país. Via Rússia, por Vladivostok, voando pela estatal Air Koryo em um voo que dura 1h30. Ao contrário do visto à parte, o turista sai da embaixada da Coreia com a autorização de entrada colada no passaporte. Após passar pela imigração, o turista é recepcionado pelos dois guias. Ou seja: não se sai do aeroporto desacompanhado. Mas, a boa notícia é que os coreanos costumam ser muito simpáticos e receptivos, ainda que apenas uma pequena parte da população fale inglês. Dicas e informações fundamentais Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-museu-da-vit%C3%B3ria-gm1166456632-321335893 É proibido levar: câmera com GPS, telefone por satélite, rádios, impressos que falem do país e aí estão incluídos panfletos de agências e guias de viagem; livros religiosos, como a Bíblia ou Alcorão; qualquer impresso em coreano, a bandeiras norte-americana ou sul-coreana, incluindo aí símbolos. Impressos em roupas, bottons ou qualquer outro objeto que remeta a estes países. Eletrônicos estão liberados: computadores, tablets, câmeras digitais, iPods, entre outros eletrônicos, mas serão minuciosamente examinados para que não contenham qualquer tipo de propaganda contra o regime ou outras informações que as autoridades julguem ser indesejadas e ofensivas. Nestes casos, o turista pode ser preso. Fotos e vídeos: não se pode ter uma câmera com zoom potente e há locais em que fotos e vídeos são proibidos, como o Mausoléu e o Museu da Guerra. Também não se deve tirar fotos dos militares, prédios do partido ou em construção. Internet: costuma ser liberada a estrangeiros, mas o valor é muito alto. Há hotéis em que é possível enviar e-mails, mas não recebê-los. O acesso a sites é limitado pelo governo. Mas, dá para fazer ligações para o Brasil. Dinheiro: esqueça os cartões de crédito ou pré-pagos. Ali, só é aceito dinheiro em espécie e não se pode fazer saques. Os comerciantes aceitam dólar, euro e yuan, mas devem estar bem trocados pois é comum que não se tenha troco. Também esqueça cédulas amassadas, rasgadas ou manchadas. A moeda vigente é o won, mas é vedada ao uso por estrangeiros. No entanto, entre os passeios podem estar incluídos visitas a shoppings e supermercados e, somente nestes locais, é possível usar a moeda. Presentes e gorjetas para os guias são bem-vindos e considerados sinais de cortesia e gratidão. Entre os presentes mais comuns podem estar cigarros ocidentais ou japoneses, café solúvel, chocolates e cosméticos. Já no hotel e em restaurantes, não é comum dar gorjetas, mas se você deseja arrancar um sorriso de quem está lhe servindo, esta é uma boa dica. Assuntos proibidos: em hipótese alguma critique o país, o governo ou faça comparações com o Brasil ou qualquer outra nação. Evite o proselitismo religioso e não tente convencer o outro com suas ideias. Além de grosseiro é um crime sujeito à prisão. Reverencie os líderes sempre que orientado pelos guias. Nos memoriais, não deixe de reverenciar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il. Restrições de entrada: jornalistas devem ter um visto especial. Além disso, funcionários de empresas de mídia, blogueiros e influenciadores digitais devem consultar a agência de turismo sobre a necessidade de vistos diferenciados. Americanos e malaios são proibidos por seus próprios países de viajarem para lá. Também é vedada a entrada de sul-coreanos. Quando ir: é possível visitar o país o ano todo, mas em julho, no verão, além da chuva, a temperatura atinge facilmente 40 graus. Já no inverno, em dezembro e janeiro, as temperaturas chegam a 20 negativos. Quanto tempo ficar: o ideal é ficar no país por pelo menos cinco dias, porém caso o turista tenha mais tempo, pode visitar cidades do interior e também a fronteira com a Coréia do Sul. O que comer: entre as comidas típicas do país estão o naengmyeon, um macarrão no estilo lámen, servido frio com caldo de legumes; kimchi, vegetais fermentados em conserva; e peixe seco. Entre as bebidas estão refrigerante de pêra, soju e vinho de arroz com teor alcoólico de 25 GL. Mas, uma das bebidas favoritas, que vai muito bem como peixe seco e batata frita, é a cerveja, especialmente as da estatal Taedonggang. Apesar de todas as restrições impostas aos turistas, o país é considerado muito seguro. A curiosidade em conhecer um lugar tão diferente e fechado pode ser um incentivo a mais para estar ali. Prepare-se para uma verdadeira experiência antropológica, já que os norte-coreanos são realmente isolados do resto do mundo.

O Brasil é um dos únicos países a manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte e a embaixada fica em Brasília. Mas, para obter o visto, mais rápida e facilmente, deve-se contratar agências europeias ou chinesas que possuem ampla expertise no assunto.

Há duas principais rotas de entrada:

  • Via China, o mais comum: voando de Pequim ou Xangai pela estatal Air Koryo. Além disso, também é possível partir de Pequim via trem. Neste caso, a viagem dura 24 horas e o visto é concedido em um papel à parte, que é recolhido no momento da saída do país.

 

  • Via Rússia, por Vladivostok, voando pela estatal Air Koryo em um voo que dura 1h30. Ao contrário do visto à parte, o turista sai da embaixada da Coreia com a autorização de entrada colada no passaporte.

Após passar pela imigração, o turista é recepcionado pelos dois guias. Ou seja: não se sai do aeroporto desacompanhado. Mas, a boa notícia é que os coreanos costumam ser muito simpáticos e receptivos, ainda que apenas uma pequena parte da população fale inglês.

Dicas e informações fundamentais

Além desta exibição, tudo ali parece ser pensado para apresentar as benesses do regime comunista ditatorial que, há três gerações (desde o fim da 2ª Guerra Mundial), toma conta do país. No entanto, após a extinção da antiga União Soviética, a Coreia do Norte vem experimentando um declínio econômico e, na mesma medida, tornado-se uma das nações mais fechadas do mundo. Apesar disso – ou, talvez, exatamente, por isso – possui um quê de mistério que atrai turistas dispostos a desvendar o que se esconde por ali. Mas, antes de começar a pensar em visitar o país é muito importante ter claro que não é possível desbravá-lo livremente, indo a qualquer lugar que se deseje. Sozinhos ou em grupo, os visitantes não podem andar desacompanhados. E são dois guias à disposição: um designado pela agência contratada e, outro, pelo governo. A boa notícia é que, apesar de parecer impossível entrar neste território, há agências especializadas em realizar todos os trâmites para a visita. Outro ponto é que o itinerário necessita ser previamente aprovado e tanto as atrações que podem ser visitadas quanto os hotéis onde se hospedar (todos de categoria superior) não são escolhidos pelo viajante, mas pelas autoridades. A rotina de passeios costuma incluir estátuas, monumentos, espetáculos, museus, fábricas e até fazendas, na capital e outras cidades. Tudo isso visa transmitir a quem está de fora a impressão de que o “país funciona” ao contrário do que divulga a mídia mundial. Invariavelmente, o passeio começa pela capital, Pyongyang, e entre as atrações “obrigatórias” na cidade são: Grande Casa de Estudos do Povo: a Biblioteca Nacional da Coreia do Norte. A instituição possui mais de 30 milhões de livros, salas de estudos, computadores com acesso a sites apenas autorizados pelo governo, entre outros serviços. O local ainda oferece cursos de inglês, chinês, russo e alemão, todos gratuitos. Praça Kim Il-sung: cheia de símbolos que exaltam a pátria e seu regime comunista, é um espaço em que os locais vão caminhar, conversar e andar de patins. Grande Monumento da Colina Mansu Imagem: https://drive.google.com/open?id=17f83FXY1nG9eXlRuzq3i821imr8iCxf- local onde há duas gigantescas estátuas de bronze de Kim Il-sung, primeiro líder da Coreia do Norte, e de seu filho Kim Jon-il, segundo líder e pai do atual governante norte-coreano. Em sinal de respeito, é fundamental reverenciar as estátuas e depositar flores. Sistema de Metrô Imagem: https://drive.google.com/open?id=1EK04Hhutts7kLsghmjub3X_-poqtAhL9 Um dos mais profundos do mundo, com média de 110 metros de profundidade é também um dos mais baratos, com a passagem custando menos de um centavo de real. Ali, há estações e plataformas adornadas com obras de arte, como pinturas, esculturas e belíssimos lustres. Torre Juche Imagem: https://drive.google.com/open?id=1wvsUo3h9bYz6sMaGZVIiuqbYN7lW6Cky É o maior monumento da Coreia do Norte, com 170 metros de altura. Um elevador nos leva até a chama no topo da torre, de onde se pode observar toda a capital. Na base da torre, às margens do rio Taedong, monumento representando estátuas de bronze de um operário, uma camponesa e um estudante, símbolos das massas que fizeram a revolução no país. Museu da Vitoriosa Guerra da Libertação da Pátria: é o mais importante e imponente dos museus da Coreia do Norte, que apresenta tanques de guerra, materiais de artilharia e navios norte-americanos abatidos durante a Guerra da Coreia, como o USS Pueblo, navio de espionagem dos Estados Unidos abatido em 1968. Ali, o uso tecnológico é surpreendente, sobretudo na porção superior, onde há uma sala circular, com bancos no centro. Nas paredes, acontece uma projeção de imagens da guerra coreana, com pinturas, sons e luzes, enquanto o centro da sala começa a girar, oferecendo uma visão de 360 graus, em um espetáculo de tirar o fôlego. Mass Games – um capítulo à parte Imagem: https://drive.google.com/open?id=1qTIezwCNYJm8c92vGaX3LWblb-ePRdN4 No início do texto, demos um pequeno panorama de uma das maiores festividades da Coreia do Norte. Entre os meses de agosto e setembro acontece, anualmente, o Festival das Grandes Massas e Performances Artísticas ou apenas “Mass Games”. A festividade é inspirada no Ariang, uma canção folclórica muito popular no país – sobre a lenda de um casal separado por um ser maligno. Ela é considerada, informalmente, o hino nacional norte-coreano. A primeira edição aconteceu em 1946, quando a Coreia do Norte estava sob o comando de Kim Il-sung. De lá para cá, a cada ano, o festival ganha inovações, mas os pontos comuns são a música, a dança muito bem sincronizada e os grandes mosaicos. O evento inclusive, já entrou para o Guiness, em 2002, quando se comemoram os 90 anos de Kim Il-sung. Tudo é feito com o objetivo de valorizar o país, seus líderes, o Partido e as Forças Armadas. Por isso até que o governo faz questão de que os turistas assistam ao espetáculo. A entrada, inclusive, é feita por um portão VIP, junto com autoridades e convidados importantes. Como entrar na Coreia do Norte? Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-quadrado-de-kim-il-sung-gm1150068704-311206153 O Brasil é um dos únicos países a manter relações diplomáticas com a Coreia do Norte e a embaixada fica em Brasília. Mas, para obter o visto, mais rápida e facilmente, deve-se contratar agências europeias ou chinesas que possuem ampla expertise no assunto. Há duas principais rotas de entrada: Via China, o mais comum: voando de Pequim ou Xangai pela estatal Air Koryo. Além disso, também é possível partir de Pequim via trem. Neste caso, a viagem dura 24 horas e o visto é concedido em um papel à parte, que é recolhido no momento da saída do país. Via Rússia, por Vladivostok, voando pela estatal Air Koryo em um voo que dura 1h30. Ao contrário do visto à parte, o turista sai da embaixada da Coreia com a autorização de entrada colada no passaporte. Após passar pela imigração, o turista é recepcionado pelos dois guias. Ou seja: não se sai do aeroporto desacompanhado. Mas, a boa notícia é que os coreanos costumam ser muito simpáticos e receptivos, ainda que apenas uma pequena parte da população fale inglês. Dicas e informações fundamentais Imagem: https://www.istockphoto.com/br/foto/pyongyang-cor%C3%A9ia-do-norte-museu-da-vit%C3%B3ria-gm1166456632-321335893 É proibido levar: câmera com GPS, telefone por satélite, rádios, impressos que falem do país e aí estão incluídos panfletos de agências e guias de viagem; livros religiosos, como a Bíblia ou Alcorão; qualquer impresso em coreano, a bandeiras norte-americana ou sul-coreana, incluindo aí símbolos. Impressos em roupas, bottons ou qualquer outro objeto que remeta a estes países. Eletrônicos estão liberados: computadores, tablets, câmeras digitais, iPods, entre outros eletrônicos, mas serão minuciosamente examinados para que não contenham qualquer tipo de propaganda contra o regime ou outras informações que as autoridades julguem ser indesejadas e ofensivas. Nestes casos, o turista pode ser preso. Fotos e vídeos: não se pode ter uma câmera com zoom potente e há locais em que fotos e vídeos são proibidos, como o Mausoléu e o Museu da Guerra. Também não se deve tirar fotos dos militares, prédios do partido ou em construção. Internet: costuma ser liberada a estrangeiros, mas o valor é muito alto. Há hotéis em que é possível enviar e-mails, mas não recebê-los. O acesso a sites é limitado pelo governo. Mas, dá para fazer ligações para o Brasil. Dinheiro: esqueça os cartões de crédito ou pré-pagos. Ali, só é aceito dinheiro em espécie e não se pode fazer saques. Os comerciantes aceitam dólar, euro e yuan, mas devem estar bem trocados pois é comum que não se tenha troco. Também esqueça cédulas amassadas, rasgadas ou manchadas. A moeda vigente é o won, mas é vedada ao uso por estrangeiros. No entanto, entre os passeios podem estar incluídos visitas a shoppings e supermercados e, somente nestes locais, é possível usar a moeda. Presentes e gorjetas para os guias são bem-vindos e considerados sinais de cortesia e gratidão. Entre os presentes mais comuns podem estar cigarros ocidentais ou japoneses, café solúvel, chocolates e cosméticos. Já no hotel e em restaurantes, não é comum dar gorjetas, mas se você deseja arrancar um sorriso de quem está lhe servindo, esta é uma boa dica. Assuntos proibidos: em hipótese alguma critique o país, o governo ou faça comparações com o Brasil ou qualquer outra nação. Evite o proselitismo religioso e não tente convencer o outro com suas ideias. Além de grosseiro é um crime sujeito à prisão. Reverencie os líderes sempre que orientado pelos guias. Nos memoriais, não deixe de reverenciar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il. Restrições de entrada: jornalistas devem ter um visto especial. Além disso, funcionários de empresas de mídia, blogueiros e influenciadores digitais devem consultar a agência de turismo sobre a necessidade de vistos diferenciados. Americanos e malaios são proibidos por seus próprios países de viajarem para lá. Também é vedada a entrada de sul-coreanos. Quando ir: é possível visitar o país o ano todo, mas em julho, no verão, além da chuva, a temperatura atinge facilmente 40 graus. Já no inverno, em dezembro e janeiro, as temperaturas chegam a 20 negativos. Quanto tempo ficar: o ideal é ficar no país por pelo menos cinco dias, porém caso o turista tenha mais tempo, pode visitar cidades do interior e também a fronteira com a Coréia do Sul. O que comer: entre as comidas típicas do país estão o naengmyeon, um macarrão no estilo lámen, servido frio com caldo de legumes; kimchi, vegetais fermentados em conserva; e peixe seco. Entre as bebidas estão refrigerante de pêra, soju e vinho de arroz com teor alcoólico de 25 GL. Mas, uma das bebidas favoritas, que vai muito bem como peixe seco e batata frita, é a cerveja, especialmente as da estatal Taedonggang. Apesar de todas as restrições impostas aos turistas, o país é considerado muito seguro. A curiosidade em conhecer um lugar tão diferente e fechado pode ser um incentivo a mais para estar ali. Prepare-se para uma verdadeira experiência antropológica, já que os norte-coreanos são realmente isolados do resto do mundo.

  • É proibido levar: câmera com GPS, telefone por satélite, rádios, impressos que falem do país e aí estão incluídos panfletos de agências e guias de viagem; livros religiosos, como a Bíblia ou Alcorão; qualquer impresso em coreano, a bandeiras norte-americana ou sul-coreana, incluindo aí símbolos.

 

  • Impressos em roupas, bottons ou qualquer outro objeto que remeta a estes países.

 

  • Eletrônicos estão liberados: computadores, tablets, câmeras digitais, iPods, entre outros eletrônicos, mas serão minuciosamente examinados para que não contenham qualquer tipo de propaganda contra o regime ou outras informações que as autoridades julguem ser indesejadas e ofensivas. Nestes casos, o turista pode ser preso. Fotos e vídeos: não se pode ter uma câmera com zoom potente e há locais em que fotos e vídeos são proibidos, como o Mausoléu e o Museu da Guerra. Também não se deve tirar fotos dos militares, prédios do partido ou em construção.

 

  • Internet: costuma ser liberada a estrangeiros, mas o valor é muito alto. Há hotéis em que é possível enviar e-mails, mas não recebê-los. O acesso a sites é limitado pelo governo. Mas, dá para fazer ligações para o Brasil.

 

  • Dinheiro: esqueça os cartões de crédito ou pré-pagos. Ali, só é aceito dinheiro em espécie e não se pode fazer saques. Os comerciantes aceitam dólar, euro e yuan, mas devem estar bem trocados pois é comum que não se tenha troco. Também esqueça cédulas amassadas, rasgadas ou manchadas. A moeda vigente é o won, mas é vedada ao uso por estrangeiros. No entanto, entre os passeios podem estar incluídos visitas a shoppings e supermercados e, somente nestes locais, é possível usar a moeda.

 

  • Presentes e gorjetas para os guias são bem-vindos e considerados sinais de cortesia e gratidão. Entre os presentes mais comuns podem estar cigarros ocidentais ou japoneses, café solúvel, chocolates e cosméticos. Já no hotel e em restaurantes, não é comum dar gorjetas, mas se você deseja arrancar um sorriso de quem está lhe servindo, esta é uma boa dica.

 

  • Assuntos proibidos: em hipótese alguma critique o país, o governo ou faça comparações com o Brasil ou qualquer outra nação. Evite o proselitismo religioso e não tente convencer o outro com suas ideias. Além de grosseiro é um crime sujeito à prisão.

 

  • Reverencie os líderes sempre que orientado pelos guias. Nos memoriais, não deixe de reverenciar as estátuas de Kim Il-sung e Kim Jong-il.

 

  • Restrições de entrada: jornalistas devem ter um visto especial. Além disso, funcionários de empresas de mídia, blogueiros e influenciadores digitais devem consultar a agência de turismo sobre a necessidade de vistos diferenciados. Americanos e malaios são proibidos por seus próprios países de viajarem para lá. Também é vedada a entrada de sul-coreanos.

 

  • Quando ir: é possível visitar o país o ano todo, mas em julho, no verão, além da chuva, a temperatura atinge facilmente 40 graus. Já no inverno, em dezembro e janeiro, as temperaturas chegam a 20 negativos.

 

  • Quanto tempo ficar: o ideal é ficar no país por pelo menos cinco dias, porém caso o turista tenha mais tempo, pode visitar cidades do interior e também a fronteira com a Coréia do Sul.

 

  • O que comer: entre as comidas típicas do país estão o naengmyeon, um macarrão no estilo lámen, servido frio com caldo de legumes; kimchi, vegetais fermentados em conserva; e peixe seco. Entre as bebidas estão refrigerante de pêra, soju e vinho de arroz com teor alcoólico de 25 GL. Mas, uma das bebidas favoritas, que vai muito bem como peixe seco e batata frita, é a cerveja, especialmente as da estatal Taedonggang.

Apesar de todas as restrições impostas aos turistas, o país é considerado muito seguro. A curiosidade em conhecer um lugar tão diferente e fechado pode ser um incentivo a mais para estar ali. Prepare-se para uma verdadeira experiência antropológica, já que os norte-coreanos são realmente isolados do resto do mundo.

 

Em busca de realizar um sonho, Lucila se tornou empresária aos 28 anos quando fundou a Raidho Viagens em 1990, uma operadora especializada em turismo para lugares exóticos e roteiros de experiência. Formada em Letras e pós-graduada em Marketing, já viajou para mais de 80 países, sendo 18 visitas à Índia, destino pelo qual é apaixonada e considerada uma autoridade. Devido a isso, é perita em roteiros incomuns para conhecer culturas e filosofias milenares e os costumes de cada povo, visando o enriquecimento interior junto às belezas dos locais.
Inovadora e conhecida por lançar tendências no mercado, oferece junto à Raidho, excelência na qualidade de serviços e tem orgulho em ter conquistado o prêmio de melhor Operadora da América Latina em viagens para a Índia, pelo governo, por três anos consecutivos.