Cleópatra, Hatshepsut e Nefertiti estão entre as mulheres que deixaram marcas profundas na história desse país de cultura única e fabulosa.

No Egito, o que não falta é história! Inclusive sobre mulheres fortes e destemidas, que comandaram exércitos e multidões e com quem há muito o que se aprender, principalmente, em uma viagem ao país. A maioria delas tinha mais direitos do que em qualquer outra cultura antiga do mundo e (acredite!) eram extremamente valorizadas – não apenas pela aparência física como também pela questão da religiosidade.

Não é de se surpreender, então, que o Egito tenha em seus documentos históricos um número significativo de mulheres governantes: rainhas poderosas cuja fama atravessou os séculos. Algumas se destacaram por realizações ou influências específicas, ao passo que outras são notáveis porque governaram sozinhas e por sua própria autoridade.

A mais famosa delas, claro, é a Cleópatra, que, na verdade, não era de etnia egípcia, mas grega. Mas, além dela, outras mulheres já haviam ocupado posições de regentes ou de extrema influência para o país. É o caso de Hatshepsut – a primeira mulher faraó do Egito, que tem até hoje o título de a mais rica chefe de estado mulher da história do país; e de Nefertiti, rainha egípcia símbolo da beleza extrema, cujo nome significa “a mais bela chegou”.

Leia no texto a seguir curiosidades pontuais sobre a vida de cada uma dessas mulheres, lembrando que elas não devem ser consideradas como minoria entre poderosas figuras femininas no Egito, mas sim como aquelas em que o reinado fez com que fossem lembradas até hoje.

Cleópatra

  1. Nasce uma líder

Considerada até hoje como símbolo de poder, beleza e astúcia feminina, a rainha mais famosa e intrigante do Egito era filha do rei Ptolomeu XII e da rainha Cleópatra V., Cleópatra nasceu em 69 a.C, na cidade de Alexandria. Com ricas heranças gregas e persas que vieram de uma ação instituída pelo imperador de Alexandria, Alexandre o Grande, Cleópatra tinha como seu maior desejo dar fim às dominações estrangeiras que tomavam seu reino, o qual ela tomou posse em 51 a.C., após a morte de seu pai.

  1. Estrategista

Vaidosa e sempre rodeada de muito luxo (costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas, que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares), Cleópatra era conhecida como hábil debatedora e dominava idiomas como aramaico, persa, somali, etíope, egípcio e árabe. Quando essa mulher chegou ao poder, suas intenções de estabelecer a soberania pareciam um plano impossível de acontecer, mas ela provou o contrário e arrastou multidões em seu legado.

  1. Administradora

Lembrada tanto por sua fortuna quanto por suas habilidades políticas, além de faraó do Egito, Cleópatra administrou algumas das maiores indústrias na nação na época, como a do trigo, do papiro e dos unguentos, o que lhe garantiu ainda uma renda anual de 12 a 15 mil talentos egípcios. Sua riqueza total foi estimada em cerca de 95,8 bilhões de dólares. Mas, dizem, ela gastou grande parte para financiar as várias guerras que travou durante o seu reinado.

  1. O amor

Uma crise na vida de Cleópatra teve início quando ela se aproximou de Roma. Perseguida por soldados egípcios, a mando do então rei Ptolomeu XIII, viu-se obrigada a fugir. Foi quando se apaixonou por Júlio César, político romano. Com seu apoio, ela derrotou o marido e retornou para o seu país. Porém, para voltar ao poder, precisou casar-se novamente, desta vez com o irmão mais novo, Ptolomeu XIV, que havia sido proclamado Faraó. Sua conturbada vida amorosa acompanhou toda a sua trajetória no poder e foi Marco Antônio, grande general e comandante de alguns territórios romanos da época, o seu último amor. Cleópatra exercia grande influência sobre Marco Antônio, que por sua vez, apaixonado, se rendia a seus caprichos e encantos.

  1. A última cena

Sua morte ainda é um mistério. Há quem acredite que, após ser capturada por soldados romanos, Cleópatra teria se suicidado deixando-se picar por uma cobra. Estudos mais recentes, porém, defendem que ela provavelmente morreu após ingerir veneno. Mistérios que, certamente, só aumentam a popularidade dessa figura.

Hatshepsut

  1. “A primeira das nobres senhoras”

Antes de adquirir uma extensa fortuna, Hatshepsut (nome que significa “a primeira das nobres senhoras”) trabalhou duro para convencer os seus súditos de suas capacidades e reinar como a primeira mulher faraó do Egito. A tática foi dizer que o seu reinado era vontade dos deuses. E quem poderia culpá-la? Em questão estava o controle das minas de ouro do Egito, que rendiam, anualmente, o equivalente a 2 bilhões de dólares. O “irrisório” valor lhe rendeu o título de a mais rica chefe de estado mulher da história do Egito.

  1. O poderoso governo

Hatshepsut subiu ao poder depois da morte do seu marido e meio-irmão, Tutmés II. Durante as duas décadas de seu reinado, como era de se esperar, ela conseguiu governar um dos mais vastos impérios do mundo antigo, com um território que ultrapassava as fronteiras do Egito e chegava ao Oriente Médio, além de ter controlado minas com grandes reservas de ouro, cobre e pedras preciosas.

  1. Articulações

Como estratégia, no começo de seu reinado, Hatshepsut não exigiu as regalias reservadas aos faraós, que eram governantes e sacerdotes da religião local (considerados seres divinos). O que ela fez foi, aos poucos, testar seu poder, para ver até onde iam os limites impostos pela sociedade egípcia às mulheres, pois queria mesmo era o posto de faraó. Conforme seu domínio foi aumentando ela se mostrou como faraó, fazendo, inclusive, o uso de barba postiça e calças, o que tinha o mesmo significado de uma coroa para os reis.

  1. Sucesso

Hatshepsut não teve um mero reinado. Ela promoveu a inovação administrativa e a expansão comercial do Egito. Heroicamente, enviou várias expedições para a costa africana, no Mar Vermelho, em busca de ouro, marfim e peles de animais. Com a prosperidade de seu governo, ela executou ainda uma obra arquitetônica para embelezar o Egito e ergueu diversas edificações em homenagem          ao deus Amon-Rá, a quem era “devota”. Além disso, na região de Beni Hasan (centro do reino), ela construiu um novo templo feito de pedras, chamado Speos Artemidos pelos gregos (no português, gruta de Artemisa) e a mais importante de suas construções, o Deir el-Bahari, um dos templos mortuários mais famosos e visitados do Egito e grande símbolo do poder de uma mulher na antiguidade, já que esse tipo de construção era realizada apenas por grandes faraós. Hatshepsut governou por 22 anos até morrer, tendo seu trono ocupado pelo filho do seu marido, o Tutmés III.

 

Nefertiti

  1. “A mais bela chegou”

Nefertiti nasceu em 80 a.C. e seu nome significa “a mais bela chegou”. Ela foi uma rainha egípcia da XVIII dinastia e se tornou notável por ser a esposa do faraó Akhenaton – responsável por substituir o culto politeísta pela reverência a um deus único, o rei-sol Aton.

  1. Influente

Símbolo da beleza fascinante até hoje, essa rainha teve grande importância na disseminação do culto monoteísta junto ao seu marido, pois era uma das únicas que podia reverenciar e interceder diretamente com o rei-sol Athon. Ela e o marido eram responsáveis pela realização dos cultos e até representavam a divindade, fortalecendo os laços com a população.

  1. A misteriosa vida e morte de Nefertiti

Por sua grande popularidade no monoteísmo, alguns historiadores defendem a tese de que Nefertiti tenha sido assassinada por sacerdotes que defendiam o politeísmo. Outros especialistas acreditam que ela tenha se tornado co-regente de Akhenaton, acumulando mais poder. Essa última tese é levantada graças a uma imagem em bloco de pedra que foi encontrada, em que a rainha aparece golpeando um inimigo, remetendo a ideia de força.

  1. O Busto de Nefertiti

O fato é que, após o término do reinado de seu marido, Nefertiti sumiu misteriosamente. Só em dezembro de 1912 os alemães acharam em sua terra natal uma escultura identificada como o “Busto de Nefertiti”. A obra tornou-se a principal referência estética de sua beleza e austeridade que marcaram o período do Egito Antigo. Atualmente, o busto pertence ao Museu de Berlim, na Alemanha.

Em busca de realizar um sonho, Lucila se tornou empresária aos 28 anos quando fundou a Raidho Viagens em 1990, uma operadora especializada em turismo para lugares exóticos e roteiros de experiência. Formada em Letras e pós-graduada em Marketing, já viajou para mais de 80 países, sendo 18 visitas à Índia, destino pelo qual é apaixonada e considerada uma autoridade. Devido a isso, é perita em roteiros incomuns para conhecer culturas e filosofias milenares e os costumes de cada povo, visando o enriquecimento interior junto às belezas dos locais.
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