O futebol feminino tem feito história no país e as mulheres da tribo Padaung se dedicam para manter sua cultura enraizada.

Praias paradisíacas, palácios com arquiteturas inacreditáveis, ruínas antiquíssimas e templos ornamentados com figuras do Buda traduzem o que é a Tailândia. A capital, Bangcoc, por exemplo, tem uma paisagem urbana ultra moderna, que contrasta com comunidades tranquilas à beira de canais e com os emblemáticos templos de Wat Arun e Wat Pho, além do Templo do Buda de Esmeralda (Wat Phra Kaew).

Nesse universo deslumbrante, destaque para o povo tailândes, que é extremamente respeitoso. Já as mulheres têm ganhado cada vez mais evidência. Aqui, a nossa homenagem vai para Nualphan Lamsam, mais conhecida como “Madame Pang”, responsável pelo sucesso do futebol feminino na Tailândia, e para as mulheres da tribo Karem Padaung, ou “mulheres girafas”, mundialmente famosas por seus pescoços ornamentados com inúmeras argolas.

Nualphan Lamsam (Madame Pang)

Fonte: https://www.asiaone.com/stunning-manager-behind-thai-womens-football-team

A Copa do Mundo feminina de futebol vê a sua história sendo passo a passo reescrita. O melhor é que a Tailândia está envolvida nessa refação, tendo, aliás, a presença do time feminino pela segunda vez consecutiva no mundial, em 2019. E boa parte dessa conquista se deve a Nualphan Lamsam – mais conhecida como “Madame Pang”, CEO de uma empresa de seguros.

Até aqui, seria apenas a história de uma visionária, herdeira de uma das famílias mais ricas da Tailândia. Mas a melhor parte é que Madame Pang é apaixonada por futebol e assumiu a direção geral da seleção feminina há dez anos. Desde então, os avanços têm sido expressivos para o time tailandês. As maiores conquistas de Pang foram levar o time para a Copa do Mundo Feminina de 2015, disputada no Canadá, e, consecutivamente, para o mundial de 2019, na França. O time masculino do país nunca se classificou para uma Copa do Mundo.

Até Pang assumir o comando, o futebol feminino não tinha apoio nenhum para a formação de equipes profissionais na Tailândia. Mesmo com todo o esforço dessa apaixonada por futebol, a liga local só foi criada em 2009, sendo interrompida entre 2013 e 2016. Em 2017 a empresária decidiu patrocinar o campeonato. Ela também é presidente de um time masculino chamado Port, da primeira divisão do campeonato nacional.

A propósito, a Forbes a coloca como “uma executiva bem-sucedida que dedicou a sua vida a desenvolver atividades sociais pelo país”. Segundo a revista, Madame Pang é o nome mais forte da Tailândia no circuito esportivo. Além de tudo, a empresária emprega as jogadoras da seleção para garantir um salário fixo ao grupo. A ideia é que, durante períodos sem competição ou treinamento, as jogadoras atuem como representantes de vendas de seguros da companhia, tendo uma fonte de renda mesmo quando não estão em campeonatos.

As mulheres-girafas e suas argolas

No norte da Tailândia, vale uma visita aos vilarejos das regiões montanhosas, onde vivem as mulheres-girafas da tribo Karen Padaung. Sem dúvida, será o passeio mais exótico da sua vida e você sairá impactado pelas pessoas maravilhosas que habitam a região! Acredite: o mistério e a beleza das argolas de bronze que adornam pescoços femininos farão com que essa visita seja algo intrigante e impressionante.

A tribo Padaung e suas casas de palha existem há cerca de 60 anos, após sua população ter fugido da brutalidade do regime militar na vizinha Myanmar (antiga Birmânia), procurando refúgio nas montanhas. Por lá, enquanto os homens trabalham no campo e em fazendas, as mulheres trabalham com tecelagem e artesanato, além de cuidarem da tribo e das crianças.

Para esse grupo – as mulheres como praticantes e os homens como fiéis admiradores– o centro da alma é o pescoço, responsável por proteger os habitantes, e a identidade da tribo. Daí o nome “mulheres-girafas” e vamos explicar o porquê. Os Padaung acreditam que a beleza da mulher é proporcional ao comprimento de seu pescoço. E, para que ele cresça cada vez mais, elas adornam essa região do corpo ainda na infância, a partir dos cinco anos, para que, na idade matrimonial, já possuam uma distância entre a cabeça e os ombros de 25 a 30 cm.

E não é somente isso. Elas usam também aros nos pulsos e tornozelos para que afinem. Até o final de sua vida, uma mulher girafa pode carregar mais de 10 quilos de aros só no pescoço e, somando todos os aros e anéis, chega a 20 quilos.

A verdade mesmo é que essas argolas provocam uma espécie de ilusão de ótica. A primeira impressão é a de que o pescoço é bem comprido. Mas, na verdade, ele é do tamanho normal. O que as argolas fazem é pressionar os ossos da clavícula, fazendo uma deformação na caixa torácica.

Para cada inserção de aro, é realizada uma cerimônia – sempre na lua cheia. A curandeira da comunidade massageia delicadamente o pescoço da mulher ou menina, enquanto os aros são colocados até atingir o número de vinte e cinco e nunca (nunca mesmo!) são tirados.

A religião das mulheres-girafa, conhecida como Kan Khwan, reúne influências do budismo tailandês e de práticas ancestrais, que consideram sagrados o cosmo, a natureza e todos os seres vivos. Um festival chamado Kay Htein Bo ocorre anualmente, em abril, na província de Mae Hong Son, antes do início da estação chuvosa (que perdura na região, do mês de maio até outubro). Na ocasião, seu Deus criador é celebrado e oferendas são feitas aos espíritos para que tenham uma colheita abundante e boa saúde durante todo o ano.

Essa é uma oportunidade de conferir a unificação de diferentes vilas da tribo padaung, das crianças às anciãs, que recebem timidamente seus visitantes. Durante o festival, uma sequência de adivinhações é feita utilizando ossos de galinhas, a fim de prever todo o ano que se segue.

Muitas pessoas dizem que as vilas na Tailândia parecem zoológicos humanos. E isso acontece porque muitos turistas chegam até lá com seus guias e apenas tiram suas fotos, compram lembrancinhas e vão embora. Nossa dica é: não se comporte assim! Converse com as mulheres, conheça suas histórias, crenças e opiniões. Mesmo falando um inglês limitado, você verá a diferença da sua visita e como elas vão ficar felizes com o seu interesse e carinho. E você ainda voltará para a casa com a mala cheia de reflexões!

Em busca de realizar um sonho, Lucila se tornou empresária aos 28 anos quando fundou a Raidho Viagens em 1990, uma operadora especializada em turismo para lugares exóticos e roteiros de experiência. Formada em Letras e pós-graduada em Marketing, já viajou para mais de 80 países, sendo 18 visitas à Índia, destino pelo qual é apaixonada e considerada uma autoridade. Devido a isso, é perita em roteiros incomuns para conhecer culturas e filosofias milenares e os costumes de cada povo, visando o enriquecimento interior junto às belezas dos locais.
Inovadora e conhecida por lançar tendências no mercado, oferece junto à Raidho, excelência na qualidade de serviços e tem orgulho em ter conquistado o prêmio de melhor Operadora da América Latina em viagens para a Índia, pelo governo, por três anos consecutivos.